Mora em mim
uma moça antiga
de longas vestes
recatados modos
e um segredo insondável.
Habita em mim
o retrato quase apagado
o bilhete manuscrito
a palavra em desuso.
Dorme em mim
o amor de ontem
que espera flores
enleios e distancias
muitas lembranças.
Vive em mim
a moça quieta
esperança desfeita
sorri chorando
mente em poesia
e inventa uma vida.
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